Está tudo no lugar. Diploma na mesa, formatura na memória, registro feito. Tudo que eu sempre “sonhei” chegou. E agora? O próximo passo é realmente o mais difícil. A gente espera a graduação inteira por esse momento de “liberdade”. É como se agora eu pudesse ir para qualquer lugar no mundo. Mas para qual?
Em um mundo de possibilidades, que deveria ser um mar de oportunidades, vira com certeza uma crise de ansiedade. Como disse no texto passado, esperei todo esse tempo para finalmente levar os meus projetos adiante.
Mas o que tenho conseguido é dormir, assistir série e me questionar sobre tudo. Talvez eu esteja um pouco desesperada porque a formatura foi na semana passada. Mas a cobrança chega cedo. Ela veio inclusive antes disso tudo acontecer. Dos outros, nossa, vem de todos os lados. Conte com isso.
Eu não culpo aos que perguntam, eu mesma me questiono. Onde eu vou parar? Onde estarei daqui uns dez anos. Estarei realizada? Não vejo nada. E entendo os questionamentos, mas eu não sei sinceramente respondê-los.
É certamente um sentimento paradoxal. De um lado uma vontade de sair correndo e fazer tudo que eu sempre quis fazer, de outro um medo absurdo de quebrar a cara. Não seria melhor conformar? Talvez fosse mais fácil.
Porém na jornada do auto conhecimento aprendi que não faz parte de quem eu sou. Eu sinto demais, eu tenho sonhos demais, vontades demais. Que mesmo que sejam lunáticas, precisam ser feitas, ao menos para serem arrependidas.
Enfim, gostaria de fechar dizendo que ainda não sei o que vou fazer da vida. Não sei para qual cidade ou para qual emprego. Eu sei hoje o que eu precisei fazer para mim foi escrever esse texto para me lembrar daquilo que faz o meu coração vibrar. É incerto para a maioria da pessoas. E porque não seria para mim?
Vou para onde meu coração vibrar, mesmo que volte aqui e diga que não foi uma boa ideia. Mesmo que eu tenha que recolher tudo que tenho e começar outra vez. Caro leitor, espero que me acompanhe nessa jornada. E vamos, porque só está começando.