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O cinema nos teletransporta e cria memórias acesas no tempo. Seja na sala de cinema, na poltrona de casa, no caminho do trabalho ou na hora do nosso almoço, ele pulsa em nós, atravessa a quarta parede, faz de nossos olhos ouvidos receptores da arte viva da tela, muitas vezes tocando nossa alma. A cada narrativa percebemos uma transformação, é como se, ao apertar o play, o tempo cedesse lugar ao encantamento, e a tela se tornasse espelho e sonho ao mesmo tempo. A cada sexta-feira postaremos uma lista de 10 filmes para vocês, rabitters, aproveitarem o fim de semana!

Fonte: Tudo Celular

Ei, Rabitter! Bom te ter por aqui, depois de uma longa semana de rotina decidi que a cada sexta vou postar uma lista de filmes para vocês curtirem, ou até descobrirem novas opções de filmes e séries de cada streaming. Hoje, começaremos pelo HBOMAX, um streaming popular. Se você não tem, pode acessar aqui e consultar os melhores planos para você. Sem mais delongas, vamos aos filmes!

LARANJA MECÂNICA (1971)

Laranja Mecânica (1971) é um filme dirigido pelo saudoso Stanley Kubrick. Este filme é considerado por muitos um clássico do cinema, é baseado no romance de Anthony Burgess e mergulha em um futuro distópico onde a violência e o controle social se entrelaçam de forma perturbadora. Se você é o tipo de pessoa que adora críticas sociais, esse filme definitivamente é para você!

A história gira em torno de Alex DeLarge, um jovem carismático e perverso, líder de uma gangue que pratica atos brutais por puro prazer. Entre drogas, música clássica e delinquência, Alex é capturado pelo Estado e submetido a um tratamento experimental psicológico que busca eliminar seu livre-arbítrio em nome da ordem e da moral.

Laranja Mecânica é um retrato inquietante da condição humana, um jogo cruel entre liberdade e controle, entre instinto e civilização. Com estética marcante e simbolismo denso, o filme provoca a reflexão sobre os limites da punição, da ética e da própria ideia de redenção. Se você não viu, assista!

MATRIX (1999)

Matrix foi dirigido pelas irmãs Wachowski, essas diretoras criaram um dos marcos do cinema de ficção científica, combinando ação, filosofia e estética inovadora em uma obra que redefiniu os limites do gênero. Esse filme é um mergulho vertiginoso entre o real e o ilusório, onde a existência cotidiana se revela um véu digital tecido por máquinas.

Esse filme é uma fábula filosófica sobre liberdade, destino e identidade. Entre socos e silêncios, amor e rebelião, Matrix dança com Platão, Descartes e o ciberpunk, propondo que a realidade não é aquilo que se vê, mas o que se escolhe acreditar. É um mito moderno, onde a máquina se confunde com o mito, e o herói não destrói o sistema — ele aprende a reescrevê-lo. Em cada fio de código, um eco: será que estamos acordados ou apenas sonhando que somos livres? Se não viu, veja pra ontem, ele definitivamente marcou uma era, a trilha sonora de Rage Against the Machine é de impressionar!

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA (2015)

Mad Max: Estrada da Fúria (2015), dirigido por George Miller, é um grito seco no deserto da existência, onde poeira, fogo e fúria se fundem em uma ópera visual de sobrevivência e redenção. O mundo, reduzido a um caos árido, pulsa sob o jugo de tiranos que controlam água, gasolina e corpos como moedas de poder. Max Rockatansky, espectro errante do próprio passado, cruza o caminho de Furiosa, guerreira insurgente que carrega em si a centelha de um novo começo. Juntos, eles atravessam a vastidão em fuga e confronto, não rumo à salvação, mas em busca de sentido no colapso.

A cada explosão, a cada corrida insana sob o sol inclemente, o filme não apenas exibe ação, ele canta o desespero humano com beleza brutal. Estrada da Fúria é um poema de movimento, onde cada engrenagem range como oração, e cada personagem é esculpido na urgência de viver. No meio da devastação, floresce a esperança em formas inesperadas: nas mulheres que rompem correntes, no silêncio que diz mais do que mil discursos, e na poeira que, ao se assentar, revela que, mesmo no fim do mundo, ainda resta espaço para recomeçar.

CASABLANCA (1942)

Casablanca foi dirigido por Michael Curtiz, é um romance entalhado na névoa da guerra, onde o amor e o dever se entrelaçam sob olhares silenciosos. Ah, eu sei que você vai perguntar, mas é em preto e branco? É sim, é preto e branco e honestamente acho que isso só melhora o filme, rico de uma qualidade absurda.

O filme se passa durante à Segunda Guerra Mundial e a cidade marroquina de Casablanca é um refúgio para fugitivos e espiões. No coração desse cenário está Rick Blaine, um dono de um café. Quando Rick menos espera aparece Ilsa Lund, um amor do passado, que revela uma Paris quase esquecida para ele. Contudo, Ilsa está casada e seu marido é perseguido pelos nazistas. Rick se vê diante de um encruzilhada que nenhum herói ou amante gostaria de enfrentar.

Mais do que uma história de amor, Casablanca é um retrato de escolhas dolorosas em tempos extremos. O filme desenha com elegância o conflito entre o sentimento pessoal e o compromisso com algo maior, onde o sacrifício se torna o ato mais nobre do amor. A trilha compõe uma sinfonia de emoções contidas, eternizadas na fumaça do cigarro e no adeus à beira da pista.

SE7EN (1995)

Se7en foi dirigido por nada mais nada menos que David Fincher, é uma descida lenta e sufocante aos porões mais escuros da alma humana. Em uma cidade onde a chuva parece lavar, em vão, a podridão moral que escorre pelas calçadas, dois detetives seguem o rastro de um serial killer, que executa suas vítimas conforme os sete pecados capitais. Pensa num filme brilhante? Toda investigação, mais do que um jogo de pistas, é um espelho partido: cada crime reflete não apenas o horror do assassino, mas a complacência de uma sociedade em ruína frente à própria decadência.

A cada ato, o filme constrói sua tensão que sussurra os crimes de forma frao e calculado. Fincher orquestra o silêncio e a sombra, mergulhando o espectador em um suspense que não se resolve com justiça, mas com desespero. O desfecho é surpreendente e olha, não ofereceu alívio algum, ele deixa uma cicatriz. Se7en é um thriller policial que revela a fragilidade da moral em um mundo corrompido. É duro o final, te deixa mumificado, pois aqui a verdade não liberta, ela destrói.

2001- UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (1968)

2001: Uma Odisséia no Espaço é também dirigido por Stanley Kubrick, é uma meditação visual e filosófica sobre a evolução humana, o mistério da consciência e o destino cósmico da espécie. A bordo da nave Discovery One, a missão tripulada é liderada por astronautas e supervisionada pelo supercomputador HAL 9000, cuja crise de consciência se torna símbolo do embate entre homem e máquina.

A jornada, ao avançar para o desconhecido, rompe as barreiras da narrativa tradicional e mergulha o espectador em uma experiência sensorial e metafísica. Em seu clímax, 2001 abandona o diálogo e abraça o silêncio cósmico, conduzindo a um renascimento simbólico em que o protagonista, Dave Bowman, transcende o tempo, o corpo e a razão, renascendo como o “Star Child”. É uma odisséia não só no espaço, mas nas profundezas do que significa existir.

DANÇANDO NA CHUVA (1952)

Dançando na Chuva dirigido e estrelado por Gene Kelly, é uma carta de amor à própria magia do cinema especialmente nquele momento que era uma transição entre o cinema mudo e o sonoro. Ambientado na Hollywood dos anos 1920, é um embarque em uma jornada de reinvenção artística, enfrentando os desafios técnicos e emocionais dessa nova era cinematográfica com humor, criatividade e paixão. Ah, mas não gosto de musical, esse filme sem dúvida vai te fazer mudar de ideia de tão primoroso que é.

Olha, esse filme é muito mais do que uma comédia musical sobre os bastidores da indústria: é um espetáculo onde a leveza dos passos e a precisão da coreografia traduzem a alegria pura de viver e criar. Todo mundo já viu ou conhece a cena clássica da dança sob a chuva, tomado pelo amor e pela liberdade, é uma das mais icônicas da história do cinema. Com músicas inesquecíveis e performances encantadoras, o filme celebra a arte como refúgio, festa e transformação. Só veja!

O ILUMINADO (1980)

O Iluminado (1980), dirigido por Stanley Kubrick e baseado na obra de Stephen King, é um mergulho angustiante sobre a corrosão da sanidade humana. No isolamento gelado do Hotel Overlook, Jack Torrance um aspirante a escritor e zelador temporário leva sua família para um inverno completamente isolado, esperando encontrar inspiração e paz. Contudo, as paredes do hotel tem horrores do passado que se infiltram na mente de Jack, deixando Jack em completa espiral de paranoia, violência e loucura. Entre corredores infinitos e portas que escondem pesadelos, o tempo se dobra e a realidade se desfaz como neblina.

Mais do que um filme de terror, O Iluminado é um ritual hipnótico de inquietação, onde cada plano milimetricamente construído transforma o espaço em um labirinto psicológico. O horror não vem de monstros, mas da lenta revelação de que o mal pode habitar dentro de nós, esperando apenas o cenário certo para florescer.

CIDADE DE DEUS (2002)

Cidade de Deus foi dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, é um retrato brutal e eletrizante da violência urbana no Brasil, onde a câmera corre junto com a vida. Ambientado na favela Cidade de Deus no Rio de Janeiro entre os anos 1960 e 1980, o filme fala do crescimento de Buscapé, um jovem cuja sensibilidade o faz sonhar em ser fotógrafo, enquanto ao tudo ao seu redor desaba. Lá, o tráfico de drogas é liderado por Zé Pequeno. Esse filme revela como a infância está em uma trincheira e a juventude em um campo de guerra.

O ritmo pulsante desse filme, não só denuncia a miséria e a criminalidade, mas vai direto no âmago de seus personagens. A vida deles são forjadas pela ausência do Estado e pelo instinto natural de sobrevivência. Nele, a favela é filmada com uma estétic crua e inovadora, onde a esperança e a tragédia caminham lado a lado. O filme é um soco no estômago, não deixa de ser um ato de resistência e de memória.

UM SONHO DE LIBERDADE (1994)

Um Sonho de Liberdade foi dirigido por Frank Darabont e é um dos filmes mais bem avaliados de todos os tempos. Esse filme, retrata de forma poética o significado de esperança em meio ao desespero. O personagem principal, condenado de forma injusta, encontra em Shawshank não somente na dor e na amizade, encontra nele um refúgio, com um olhar melancólico, o filme é completamente hipnotizante. Você torce do início ao fim.

Dentro dos muros da prisão, onde há opressão e fúria implacável, Andy planta livros, ideias e sonhos. Sua fuga no final não é só física, mas simbólica, a vitória de uma mente livre sobre a prisão que pode ser o mundo. No fim, o mar aberto representa mais que um destino: é promessa cumprida de que a esperança, mesmo que fugaz, jamais morre.

BÔNUS

OS BONS COMPANHEIROS (1990)

Os Bons Companheiros é um filmaço dirigido pelo Martin Scorsese. Esse filme mergulha na máfia americana de cabeça. O filme acompanha a trajetória do narrador desde a juventude. Ele, sempre fora fascinado pelo poder dos gângsteres, contudo, mesmo com sua ascensão e queda dentro da organização criminosa vem. O filme tem um excelente figurino. bem composto com ternos caros, restaurantes chiques regado a muito dinheiro. Um típico Scorcese, muita paranoia, traição e violência você pode esperar desse filme.

O ritmo frenético desse filme vai te conquistar, cortes impecáveis e uma trilha sonora incrível! Os Bons Companheiros faz do cotidiano da máfia um espetáculo à parte não deixando de lado a tragédia ao mesmo tempo. Os personagens são intensos e muito carismáticos, vivendo extremos a alto custo. É cinema cru, brilhante e inesquecível, esse você não pode perder.

NO MAIS É ISSO RABITTERS, ESPERO QUE TENHAM GOSTADO! APROVEITEM A SESSÃO, SE SEGUREM EM SEUS ASSENTOS E BOA VIAGEM! AU REVOIR 🎥🍿📺

Vanessa Paiva

Pós-Graduanda em Direito. Cinéfila de fim de semana, rock'n'roller por essência, cozinheira de todo coração e escritora nas horas vagas.

Um comentário

  • Inês disse:

    Olá boa noite.
    Gostei muito de todas indicações.
    Seus comentários foram pontuais e muito interessantes.
    Muito obrigada pelas sugestões.

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