O amor é o único caminho real para a grandeza. Olá meus rabitters como vão vocês? Sei que tenho andado sumido desse blogzinho, mas muita coisa de bom tem acontecido a mim. Pequenas gotinhas de felicidade que vão enchendo-nos e então transbordam! Hoje vamos falar sobre uma citação famosa da língua inglesa e de uma mentalidade que ela cria nas pessoas.
” Misery loves company” é uma sentença que é quase um provérbio em inglês. Ela significa que as pessoas que estão em sofrimento se sentem reconfortadas por saber que há outros na mesma situação. Elas se comprazem com os fracassos e com a queda dos outros então por isso ” A miséria ama companhia.” Parece quase intuitivo o ser humano sentir prazer no fracasso de outrem. Mas isso é muito mais antigo do que lembramos.
A Teoria da Superioridade
Porque rimos das desgraças dos outros? Para entendermos isso temos que voltar a Grécia antiga e recorrer a Platão e Aristóteles eles foram quem deram as primeira definições de Humor através da teoria da superioridade. Para os filósofos o que provoca a graça é a sensação de superioridade que temos diante de outros indivíduos em situações piores que nós, o que nos leva a sensação de superioridade temporária . Isso leva-nos aquele pensamento de imediato ” poderia ser comigo, ainda bem que não é!” Na antiguidade o teatro era representado apenas por dois tipos de peças, as tragedias e as comédias. As tragedias contavam histórias épicas dos deuses e da mitologia, e sempre terminavam num tom sombrio e trágico, dai o nome tragedia. Já as comédias eram histórias do homem comum, do dia a dia e da desgraça humana.
Teoria da Incongruência
Outra teoria que explica a origem do humor é ate mais precisa para nossa abordagem, é a Teoria da Incongruência desenvolvida principalmente por Schopenhauer e Immanuel Kant. Os dois filósofos alemães afirmam que: achamos engraçado tudo que é incompatível, paradoxal e inesperado. Aquilo que é absurdo nos gera uma risada alta! Aí entra a Ironia, ela nos ajuda a encarar o absurdo da realidade. O absurdo da guerra em busca de paz. O absurdo de uma sociedade dogmática, paradoxal e de uma existência sem sentido.
A teoria dos Memes
Buscando uma explicação para um contexto em especifico eu aprofundei a Teoria da incongruência e criei a minha teoria dos memes. Em pleno século XXI com o mundo cada vez mais liquido , cada vez mais absurdo e sem sentido. Buscamos conforto no humor assim como os gregos, ele serve para ajudar a nós suportarmos e persistirmos nesta existência. Nesse sentido o humor não só é uma válvula de escape, mas é ao mesmo tempo uma crítica à sociedade atual. Existem vários jovens e adultos da geração atual que tem perfis em redes sociais, onde publicam apenas uma mistura melancólica de tragédias e comédias. Uma mistura de memes é militância, como se pensassem “Já que não podemos mudar o mundo e estamos em desgraça, vamos ao menos rir disso.”
As pessoas já tem baixas perspectivas sobre a vida, porque que as metas comuns parecem estarem difíceis de serem alcançadas, e nas metas mais difíceis, quase ” impossíveis” o resultado é uma grande quantidade de jovens e adultos que utilizam de humor e de uso de substâncias entorpecentes como válvulas de escape. Isso funciona como uma morfina para continuar a suportar a rotina apressada do dia a dia. Sem visibilidade e sem perspectiva de ascensão as pessoas se sentem impotentes, se sentem anonimas e alienadas como tijolos na parede ou como vacas indo para um matadouro, onde a carne é processada e enlatada. Não atoa vemos vários memes com pessoas pedindo a volta do meteoro, devolver o Brasil para os índios ou mesmo querendo que a morte venha abraça-la e alivia-la da dor da existência.
As possíveis saídas
Com a depressão se tornando cada vez mais evidente como a doença do século e com uma constante luta para dar sentido a sua vida, as pessoas tem buscado nas mais remotas alternativas um possível alívio para essa angustia que é viver na corrida de ratos. Estar sempre correndo atrás do queijo que nunca vamos alcançar! Nesse sentido aparece o Coaching e a Auto-ajuda. Eles se aproveitam da conjuntura atual social e como parasitas apresentam-se como formulas mágicas praticas te dando o caminho “obvio”, mas não explorado da auto-realização e da satisfação existencial. Coaching e auto-ajuda são assuntos que pretendo abordar em um post dedicado a eles nos próximos posts, por isso vou me restringir a comentar apenas a mentalidade desenvolvida. Como já abordei em outros posts já feitos aqui no blog na minha coluna, existe uma mentalidade ilusória de que se você não está no topo você não esta se esforçando o bastante para tal e que para chegar lá “basta você querer”. Como eu disse, o querer é parte fundamental sim do caminho, porém o restante são um conjunto de variáveis que não controlamos e que podem facilitar e muito nosso caminho, ou praticamente nos impossibilitar de alcançar a meta. Todavia, assim como a jornada do herói, o sentido da existência não esta no final do arco-iris te aguardando como um prêmio. Ele se encontra na sua jornada e nas coisas que você faz para atravessa-la! Se nessa jornada as pessoas melhoram, se tornam algo melhor de si mesmas ou se apenas descobrem que tudo que precisavam já estava dentro delas, o que importa é o resultado disso. Não queremos ter ódio do bom porque é bom! Não queremos ver a infelicidade dos outros, muito menos x ou y se dando mal. Não é assim que vamos sair desse buraco! Queremos ver todos se transcendendo, todos se superando e se encontrando. ” Queremos ver a rua cheia de sorrisos francos, de rostos serenos e palavras soltas!” Porque no final a melhor saída da miséria(Não, não é você coaching! E nem você auto-ajuda!) e a mais realista, é o amor. A alegria do amor espalhando por toda parte. E dando o melhor de nós mesmos, resistindo e dando sentido a nossa existência em cada xícara de café, em cada respiração, em cada sorriso. E espalhando isso para os outros ao nosso redor. É assim que atrapalhamos o “Misery bussiness”.
A saída então é espalhar nossa generosidade para com os outros, para que não tenhamos que rir quando morrermos todos abraçados afogados com o navio afundando.
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